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Cirurgia da Coluna Vertebral: Quando é necessária?

De acordo com Organização Mundial da Saúde, estima-se que 80% da população ao redor mundo, sofre ou sofrerá de dor nas costas. É, sem dúvidas, um dos motivos mais frequentes pelo qual as pessoas consultam um médico. Porém, em muitos casos, o tratamento conservador, incluindo fisioterapia e medicamentos anti-inflamatórios, pode trazer alívio e resolução.

No entanto, deformidades da coluna vertebral, infecções, traumas, tumores e algumas condições degenerativas da coluna vertebral, como estenose e hérnia de disco, podem exigir tratamento cirúrgico.

Cirurgia da Coluna Vertebral - Dr. Ricardo Teixeira

Cirurgia Minimamente Invasiva versus Tradicional

Ao explorar as opções para uma cirurgia da coluna vertebral, você se deparará com duas abordagens principais:

  • A cirurgia tradicional de coluna
  • A cirurgia minimamente invasiva

    Cirurgia da coluna vertebral: tradicional e cirurgia minimamente invasiva (menor incisão e menor dissecção) - Dr. Ricardo Teixeira
    Cirurgia da coluna vertebral: tradicional e cirurgia minimamente invasiva (menor incisão e menor dissecção)

Ambas têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente, mas apresentam diferenças nítidas na técnica e na recuperação.

Cirurgias de coluna tradicionais requerem uma incisão maior para permitir ao cirurgião visualizar e acessar a coluna diretamente. Embora esta técnica seja eficaz e bem-estabelecida, ela pode levar a um tempo de recuperação mais longo e maior desconforto após a operação devido à manipulação extensiva dos tecidos.

Por outro lado, as técnicas minimamente invasivas evoluíram muito ao longo dos últimos anos. Nelas, utilizam-se instrumentos e tecnologia avançados para reduzir os danos aos músculos e tecidos circundantes.

Como é feita a cirurgia minimamente invasiva?

O procedimento é realizado através de pequenas incisões, por onde são inseridos instrumentos especializados. A cirurgia pode ser realizada com auxílio de um microscópio ou endoscópio para visão.

Além disso, cirurgias minimamente invasivas da coluna proporcionam grandes vantagens, como recuperação mais rápida e redução de riscos e complicações.

O que levar em consideração ao escolher a técnica cirúrgica

A escolha de uma técnica em detrimento da outra deve ser ponderada com bastante cautela, levando-se em consideração:

  • O diagnóstico em questão;
  • A localização do problema;
  • O estado de conservação da coluna;
  • O histórico de saúde do paciente;
  • A expertise do cirurgião.

Consultar um especialista em cirurgia da coluna é necessário para discutir qual abordagem se ajusta melhor ao seu caso, garantindo uma decisão baseada em sua condição específica e objetivos de recuperação.

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Cirurgia de Coluna - Dr. Ricardo Teixeira

 

Neste artigo, vamos esclarecer as perguntas mais frequentes, realizadas por pacientes, sobre a cirurgia da coluna vertebral.

Quando é necessário fazer uma cirurgia da coluna?

Como percebemos, as dores na coluna são comuns e na maioria das vezes não será necessária uma cirurgia de coluna. Ela geralmente é indicada quando o paciente apresenta dor persistente, alterações de sensibilidade, formigamento e fraqueza.

Se tais sintomas são recorrentes ou se intensificam, é aconselhável que busque avaliação médica. Assim, o especialista em coluna poderá diagnosticar adequadamente e orientar sobre o melhor tratamento.

Estatísticas demonstram que entre 80 e 90% dos indivíduos que enfrentam problemas na coluna vertebral apresentarão uma melhora substancial ao aderir a tratamentos conservadores dentro de um período de até 6 a 12 semanas, sempre sob a supervisão e orientação médica.

Condições que levam à cirurgia na coluna vertebral

Abaixo, estão algumas das razões clínicas que frequentemente justificam a consideração de uma cirurgia da coluna:

  • Hérnia de disco: Se um disco intervertebral está comprimindo as raízes nervosas ou a medula espinhal do paciente, causando dor intensa, fraqueza ou adormecimento nos membros, pode-se indicar a cirurgia após a falha do tratamento não cirúrgico.
  • Estenose da coluna vertebral: A redução do espaço dentro de sua coluna pode levar a uma compressão dos nervos. Isso muitas vezes resulta em dor e dificuldade ao caminhar. Quando as medidas conservadoras não aliviam os sintomas, pode-se considerar a descompressão cirúrgica.
  • Espondilolistese: Nesta condição, uma das vértebras desliza sobre a outra. Se isso está causando dor significativa ou instabilidade, a cirurgia pode ajudar a estabilizar as vértebras.
  • Fraturas vertebrais: Fraturas causadas por trauma ou osteoporose podem necessitar de cirurgia para alívio da dor e restauração da estabilidade da coluna.
  • Deformidades espinhais: Curvaturas anormais, como a escoliose ou cifose, podem progredir a ponto de causar dor e outros problemas funcionais, assim, podendo recomendar-se a correção cirúrgica.
  • Câncer de coluna ou infecções: Em casos em que há tumores ou infecções que afetam a coluna vertebral, a cirurgia pode ser essencial para remover o tecido afetado ou aliviar a pressão sobre a medula espinhal e nervos.

Se você apresenta algum desses problemas e já tentou tratamentos não cirúrgicos sem sucesso, a cirurgia de coluna pode ser uma opção viável. No entanto, deve-se ponderar a decisão de operar  cuidadosamente junto ao seu médico, considerando sua condição clínica geral, expectativas e estilo de vida.

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Quais são os principais tipos de cirurgia da coluna?

A seguir, apresentamos uma visão das principais cirurgias empregadas no tratamento de diversas condições que afetam a coluna vertebral.

Estas intervenções são fundamentais para aliviar os sintomas, corrigir deformidades e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Vejamos então algumas das cirurgias mais comuns realizadas na coluna vertebral:

Cirurgia Endoscópica da Coluna Vertebral

A cirurgia endoscópica da coluna vertebral é um tratamento cirúrgico para patologias da coluna vertebral utilizando um endoscópio, uma técnica minimamente invasiva por vídeo. Neste procedimento, todos os instrumentos são introduzidos através de uma cânula (endoscópio) com menos de 1 cm de diâmetro.

O endoscópio, equipado com uma câmera de alta definição e uma fonte de luz, projeta imagens em um monitor externo, permitindo uma visualização detalhada durante a cirurgia. Durante o procedimento, usa-se soro fisiológico continuamente para irrigação, reduzindo o risco de infecção.

A endoscopia de coluna é uma das principais inovações na cirurgia de coluna, beneficiando-se de melhorias contínuas em instrumentos e técnicas. Isso possibilita a realização da cirurgia endoscópica da coluna vertebral em um número crescente de pacientes com diversas patologias da coluna.

Cirurgia endoscópica da coluna vertebral - Dr. Ricardo Teixeira
Cirurgia endoscópica da coluna vertebral

Infiltração e Bloqueio da Coluna

A infiltração ou bloqueio da coluna é um procedimento percutâneo (sem cortes) que utiliza seringas e agulhas. O objetivo principal é fornecer tratamento para a dor de maneira minimamente invasiva.
Este procedimento pode ser aplicado em qualquer parte da coluna, incluindo as regiões cervical, torácica, lombar, sacral e cóccix. Além disso, há uma variedade de medicamentos disponíveis que podem ser usados para tratar várias condições, como hérnias de disco, desgastes e contraturas.

Infiltração da coluna vertebral - Dr. Ricardo Teixeira
Infiltração da coluna vertebral

Microdiscectomia

A discectomia lombar é um tipo de cirurgia na coluna, realizada sob anestesia geral, que tem como objetivo o tratamento da hérnia de disco. Utilizando técnicas minimamente invasivas, o cirurgião, por meio de pequena incisão na região lombar, acessa o disco afetado e remove o fragmento do núcleo pulposo que está causando a compressão do nervo.

Laminectomia

A laminectomia é uma cirurgia realizada para aliviar a pressão sobre a medula espinhal ou sobre as raízes nervosas que passam pela coluna vertebral (estenose espinhal). Durante o procedimento, o cirurgião remove uma pequena porção do osso chamada lâmina, que forma o canal vertebral. Esse procedimento aumenta o espaço no canal vertebral e, então, alivia a pressão.

Artrodese ou Fusão espinhal

A fusão espinhal lombar é uma intervenção cirúrgica que tem como objetivo primordial a estabilização de uma ou mais vértebras lombares. Esta estabilização é necessária em condições nas quais a mobilidade da coluna é afetada ou causam dor significativa. Durante o procedimento, o cirurgião utiliza enxertos ósseos e, em muitos casos, implantes como placas, parafusos ou hastes para unir solidamente as vértebras afetadas.

Indica-se para tratar condições como instabilidade vertebral, deformidades (como escoliose), bem como a dor crônica severa.

Artrodese da coluna vertebral (fusão) - Dr. Ricardo Teixeira
Artrodese da coluna vertebral (fusão)

Vertebroplastia e Cifoplastia

Estas são opções de tratamento minimamente invasivos destinados, principalmente, a aliviar a dor associada a fraturas vertebrais compressivas, que podem ser resultantes de osteoporose, lesões ou tumores. Esta técnica envolve a injeção de um tipo de cimento ósseo através de uma agulha fina, diretamente no corpo vertebral afetado, proporcionando estabilização e fortalecimento à estrutura vertebral fraturada.

 

Vertebroplastia e Cifoplastia - Dr. Ricardo Teixeira
Vertebroplastia e Cifoplastia

Quanto tempo leva para realizar uma cirurgia da coluna vertebral?

A duração da cirurgia minimamente invasiva para tratamentos na coluna vertebral pode variar de acordo com o procedimento específico que está sendo realizado. Por exemplo, uma infiltração na coluna, que é uma técnica menos complexa, pode levar aproximadamente 30 minutos.

Por outro lado, a endoscopia da coluna, que envolve a utilização de um endoscópio para visualizar o interior da coluna e realizar o tratamento, tem uma duração média de 90 minutos. Considera-se tais procedimentos minimamente invasivos devido à redução de cortes ou incisões necessárias, que pode facilitar o tempo de recuperação mais rápido para o paciente.

Entretanto, quando se trata de cirurgias mais complexas e extensas na coluna, como a artrodese, que têm o objetivo de estabilização vertebral, o tempo cirúrgico médio é estendido para cerca de 3 horas.

A duração dessas cirurgias pode ser influenciada por vários fatores, incluindo a extensão da área a ser tratada e a técnica específica utilizada pelo cirurgião. Além disso, a artrodese é uma abordagem mais ampla comparada às técnicas minimamente invasivas, podendo requerer um período de recuperação mais longo para o paciente.

Como é a recuperação pós-cirúrgica da coluna vertebral?

Após a realização de uma cirurgia de coluna, o processo de recuperação pode variar de pessoa para pessoa e depende do tipo de cirurgia a qual você foi submetido. Elencamos alguns aspectos que, de forma geral, normalmente fazem parte deste período:

  • Repouso e cuidados iniciais: Imediatamente após a cirurgia, você precisará de um período de repouso. Evitar movimentos bruscos ou carregar peso é imprescindível neste estágio.
  • Gestão da dor: É provável que você sinta dor ou desconforto após a cirurgia. Para isso, o médico prescreverá medicamentos para manejar a dor.
  • Fisioterapia: A fisioterapia desempenha um papel importante na sua recuperação. As sessões ajudarão a fortalecer os músculos da sua coluna, melhorar a flexibilidade e promover uma recuperação mais eficaz.
  • Atividades graduais: A reintrodução de atividades diárias será gradual. Certamente você receberá um plano sobre o que pode e o que não pode fazer durante as diferentes fases da recuperação. Respeitar esses limites é essencial para evitar complicações ou atrasos na recuperação.
  • Acompanhamento Médico: Consultas de acompanhamento para monitorar o seu progresso.

Para saber mais, leia também este artigo.

Quanto tempo é necessário para se recuperar de uma cirurgia da coluna vertebral?

Inicialmente, aconselhamos o descanso de atividades intensas por 14 dias para permitir a cicatrização. Entretanto, intervenções minimamente invasivas, como infiltração e endoscopia de coluna, permitem alta no mesmo dia, com início de fortalecimento muscular nas semanas seguintes.

Pode-se retomar atividades de maior impacto após 6 semanas. No entanto, para cirurgias mais complexas, como a artrodese, é necessário um período maior, em torno de 4 a 6 meses para consolidação óssea, sob orientação médica, antes de reiniciar esforços de fortalecimento e a prática esportiva.

Quais são os riscos da cirurgia na coluna vertebral?

Em uma cirurgia da coluna, assim como em qualquer outra especialidade médica, existem riscos e complicações. Dessa maneira, todos os pacientes devem estar cientes de potenciais complicações, antes de submeterem a algum procedimento de coluna. O médico deve orientar e esclarecer o paciente e familiares sobre todos os riscos envolvidos.

É relevante notar que o risco de complicações em cirurgias de coluna, apesar de ser considerado baixo, varia conforme a condição de saúde do paciente, suas comorbidades existentes, bem como o procedimento cirúrgico específico a ser realizado. Dessa forma, a consulta pré-cirúrgica com o cirurgião de coluna desempenha um papel fundamental.

Abaixo, listamos alguns riscos e complicações em cirurgia de coluna de maneira geral, porém, nada substitui a análise e orientação médica específica em cada caso pelo cirurgião responsável. Para saber mais, leia também este artigo.

  • Risco anestésico;
  • Risco de sangramento;
  • Risco de infecção;
  • Risco neurológico;
  • Falha de implantes;
  • Lesão dural com fístula liquórica;
  • Recidiva;
  • Persistência de sintomas;
  • Mudança de sintomas;
  • Trombose Venosa;
  • Falha de cicatrização.

Vale ressaltar que o avanço tecnológico contribuiu para a redução significativa dos riscos associados às cirurgias de coluna. Reduziu-se os riscos das cirurgias minimamente invasivas consideravelmente.

Riscos relacionados à cirurgia de artrodese

Já em cirurgias como a artrodese, que é uma excelente técnica cirúrgica quando bem executada e bem indicada, pode apresentar algumas complicações e riscos mais específicos, como:

  • Limitação de mobilidade no segmento operado;
  • Sobrecarga da coluna no segmento adjacente ao operado;
  • Pseudoartrose (as vértebras não se fundem como deveriam);
  • Migração ou quebra dos implantes.

Quando considerar uma segunda opinião médica ou alternativas à Cirurgia

Tomar a decisão de submeter-se a uma cirurgia de coluna é um passo significativo e, em muitos casos, definitivo. Por isso, é essencial avaliar todas as possíveis alternativas e buscar confirmar se a intervenção cirúrgica é a melhor opção para o seu caso.

Abaixo, algumas situações em que você pode querer considerar uma segunda opinião médica ou explorar tratamentos alternativos:

  • Diagnóstico complexo ou incerto: Se você possui um diagnóstico complicado ou há incerteza em relação à melhor abordagem terapêutica, buscar a opinião de outro especialista pode esclarecer ou oferecer novas opções de tratamento.
  • Tratamentos conservadores não funcionaram: No caso de tratamentos não invasivos não estarem surtindo o efeito desejado após um período razoável, é importante reavaliar a situação. Uma segunda opinião oferece novas perspectivas ou abordagens conservadoras ainda não tentadas.
  • Preocupações com os riscos da cirurgia: Toda operação carrega riscos. Se você está preocupado com as possíveis complicações ou o tempo de recuperação, discutir essas questões com outro médico pode ajudar você a pesar os prós e contras de forma mais informada.
  • Quando recomendam a cirurgia de emergência: Se sugeriu-se uma cirurgia de emergência sem uma condição que ameace a vida imediatamente, obter uma segunda opinião é prudente, a menos que haja sinais claros de que a espera possa gerar danos significativos.
  • Dúvidas sobre a necessidade da cirurgia: Se você tem dúvidas sobre a real necessidade da cirurgia, uma segunda opinião é essencial. Assim, outro profissional pode validar ou questionar a indicação cirúrgica.

Busque profissionais qualificados para obter segundas opiniões e lembre-se de que as alternativas à cirurgia, bem como fisioterapia, medicação ou acupuntura, podem ser suficientes para melhorar sua qualidade de vida sem os riscos associados ao procedimento cirúrgico.

 

Deve-se considerar a cirurgia de coluna de maneira altamente individualizada, com base em um diagnóstico preciso e de uma avaliação detalhada das necessidades específicas de cada paciente.

Portanto, se você sofre de condições limitantes na coluna, é essencial consultar um especialista. Agende uma consulta com um cirurgião de coluna qualificado para explorar as melhores opções de tratamento para seu caso!

Entre em contato com a equipe do Dr. Ricardo Teixeira

 

Fonte:
Sociedade Brasileira de Coluna
Harvard Health
Base de Atualização: UpToDateAtualizações em cirurgia minimamente invasiva – Artigo científico

As informações nesse artigo são gerais e não devem ser usadas para se definir o tratamento individual. Siga a recomendação do seu médico.

FAQ

1. Como é realizada a cirurgia endoscópica da coluna vertebral?

A cirurgia de coluna é feita com anestesia geral e é realizada com lentes para aumento ou por vídeo. Pode-se realizá-la tanto na cervical quando na lombar, para apenas descomprimir as estruturas neurológicas ou também para estabilização com uso de pinos e parafusos.

2. Quais são os tipos de cirurgia da coluna?

Pode-se dividir a coluna nas seguintes condições e tratamentos/cirurgias:

  • Doenças degenerativas – hérnias, estenose, abaulamentos e artroses.
  • Cirurgias de limpeza. Tratamento de infeção.
  • Cirurgias tumorais e de fratura.
3. Quanto tempo leva a recuperação da cirurgia da coluna?

Depende do caso e do procedimento realizado na cirurgia. Em geral, a endoscopia de coluna demanda 14 dias de repouso e fisioterapia direcionados. E relação à artrodese, o habitual é que paciente retome atividades leves entre 4 e 6 semanas. Além disso, é preciso repouso de cerca de 2 meses.  

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